Isto é para que
poder eu e outras pessoas possamos receber todos as estações de TV e RADIO
e SATÉLITE do mundo de todos os países.
.Os Segredos para
os CELULARES receberem sinal analógico de TV e de RÁDIOS claro e puro no brasil
são oscilador de batimento – as frequências certas – Controle Automático de
Ganho CAG - misturador FI ( frequência intermediaria ) - Controle Automático de Freqüência CAT oscilador de batimento
OB OFV.
FAIXA DE
RADIOFREQUENCIAS
Citaremos algumas
estações possíveis de serem captadas nas faixas de MF (Médium Frequencies),
faixa de HF (high Frequencies) e faixa de VHF (Very High Frequencies).
Dentro destas
faixas de frequências, segundo a Comissão Internacional de Comunicações,
poderemos captar o seguinte:
- 300 KHz a 415
KHz - Navegação marítima
- 415 KHz a 490
KHz - Telegrafia
- 490 KHz a 510
KHz - Faixa para frequência internacional de emergência
- 535 KHz a 1,65
MHz- Radiodifusão comercial AM, dividida em 107 canais, separados de 10 KHz
cada um
- 1,65 MHz a 1,75
MHz - Tráfego das traineiras, estações costeiras, tráfego meteorológico
(Marinha), rádio navegações, tráfego aéreo, tráfego militar e navegação Loran
- 1,75 MHz a 2
MHz - Radioamadorismo (160 m)
- 2,182 MHz a 2,3
MHz - frequência internacional de perigo, telefonia
- 2,3 MHz a 3,2
MHz - Radiodifusão (120 m)
- 3,2 MHz a 3,4
MHz - Radiodifusão (90 m)
- 3,5 MHz a 3,8
MHz - Amadores (80 m), telegrafia e telefonia
- 3,9 MHz a 4,75
MHz - Radiodifusão (75 m)
- 5,85 MHz a 6,41
MHz - Radiodifusão (49 m)
- 7 MHz a 7,1 MHz
- Amadores (40 m), telegrafia e telefonia
- 7,1 MHz a 7,3
MHz - Radiodifusão (41 m)
- 8,8 MHz -
Tráfego aéreo
- 9,5 MHz a 9,775
MHz - Radiodifusão (31 m)
- 11,7 MHz a
11,975 MHz - Radiodifusão (25 m)
-14 MHz a 14,35
MHz - Amadores (20 m), telegrafia e telefonia
- 15,1 MHz a
15,45 MHz - Radiodifusão (19 m)
- 17,7 MHz a 17,9
MHz - Radiodifusão (16 m)
- 20 MHz -
Frequência utilizada pêlos satélites artificiais soviéticos
- 21 MHz a 21,45
MHz - Amadores (15 m)
- 21,45 MHz a
21,75 MHz - Radiodifusão internacional de ondas curtas (14 m)
- 25,6 MHz a 26,1
MHz - Radiodifusão internacional de ondas curtas (11 m)
- 26,960 MHz a
27,280 MHz - Faixa do cidadão, classe D, com 23 canais, separados por 10 KHz
entre os canais, controle remoto para hobby, rádio telefonia privada para Walkies-Talkie
com potência máxima de 50 mW
- 27,290 MHz a
27,430 MHz - Radiotelefones com potência entre 50mW e 3W
- 28 MHz a 29,7
MHz - Amadores (10 m), telegrafia e telefonia
-
30
MHz a 50 MHz - Telefonia de estações fixas e móveis de segurança pública (polícia,
bombeiros e etc.)
44 - 50 MHz a 54
MHz - Amadores, rádio táxi, (6 m)
- 54 MHz a 72 MHz
- Canais 2, 3 e 4 de televisão
- 72 MHz a 76 MHz
- Frequência utilizada para serviços governamentais, amadores, rádio-farol
- 76 MHz a 88 MHz
- Canais 5 e 6 de televisão
- 88 MHz a 108
MHz - Radiodifusão de FM
- 108 MHz a 136
MHz - Navegação aérea, controle de tráfego aéreo, serviço meteorológico
- 144 MHz a 148
MHz - Amadores (2 m)
-150,8 MHz a 162
MHz - Telefonia de segurança pública
- 156,25 MHz a
162 MHz - Telefonia de embarcações de recreação, lanchas, iates, etc.
-
174
MHz a 216 MHz - Canais 7 a 13 de televisão
Bandas de
frequência dos SATÉLITES.
As frequências
disponíveis para comunicação via satélite são alceadas mundialmente pela União
Internacional de Telecomunicações (ITU), com sede em Genebra, na Suíça.
No Brasil, a
administração de frequências e regulamentos do setor ficam a cargo da ANATEL.
Em comunicações
via satélite são utilizadas normalmente as seguintes bandas:
Banda L: é a mais
utilizada para comunicações móveis Subida (Up-link):1,6 GHz Descida
(Down-link): 1,5 GHz
Banda S:
normalmente utilizada para serviços fixos Subida (Up-link): 2.6 GHz Descida
(Down-link): 2,5 GHz
Banda C: mais
utilizada comercialmente
Subida (Up-link):
6 GHz Descida (Down-link): 4 GHz
Banda X: uso
exclusivo de comunicações militares Subida (Up-link): 8 GHz Descida
(Down-link): 7 GHz
Banda Ku:
exclusiva para comunicação via satélite, não sendo compartilhada pelos sistemas de microondas terrestres
Subida (Up-link):
14 GHz Descida (Down-link): 12 GHz
Banda Ka: também
exclusiva para comunicação via satélite Subida (Up-link): 30 GHz Descida
(Down-link): 20 GHz.
Todas as faixas
de frequências no Brasil são regulamentadas por um documento da ANATEL chamado
Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Frequências no
Brasil, disponível para consulta no site da ANATEL (www.anatel.gov.br). A figura 4 mostra um exemplo da visualização
gráfica do plano de distribuição de frequências.
TV e VÍDEO
PARA INICIANTES
O RECEPTOR DE TV
- CIRCUITOS
Na lição anterior
analisamos o sinal de vídeo, verificando que este sinal é bem diferente dos usados
nas transmissões de rádio, ocupando uma porção muito mais larga do espectro.
Vimos de que modo este sinal é modulado, e que deve conter uma grande
quantidade de informações.
Para receber
estes sinais o receptor deve ter características especiais, e além disso deve
conter dois tipos de etapas, uma capaz de processar os sinais de áudio (som), e
a outra capaz de processar os sinais de vídeo (imagem).
Nesta lição
analisaremos a estrutura geral de um receptor de W. Veremos um receptor básico,
falando dos melhoramentos, e recursos que encontramos nos receptores mais
modernos. Nossa análise inicialmente, terá como base um receptor monocromático
(preto & branco), já que nas lições futuras, quando entendermos bem seu
funcionamento, veremos os televisores em cores.
Supomos nesta
lição, que o leitor tenha uma base razoável em eletrônica, já que começaremos a
analisar configurações de circuito, usando tanto tran-sistores como também
válvulas e circuitos integrados.
a) A ESTRUTURA DO
RECEPTOR DE TV
O sinal de TV tem
uma faixa de frequências muito mais larga, do que o sinal de áudio recebido por
um receptor de AM ou mesmo FM.
Isso significa
que os receptores de TV devem ter características, que permitam fazer a seleção
desta faixa, sem entretanto deixar entrar sinais de canais adjacentes.
Estruturalmente,
um receptor de TV não tem muita diferença de um receptor de rádio
super-heteródino, apenas levando-se em conta que em determinado ponto passamos
a ter dois sinais a serem processados: áudio e vídeo.














































Assim, para um
televisor simplificado branco e preto, temos um diagrama de blocos típico
mostrado na figura 1.
Analisemos a
função de cada etapa, lembrando ainda que o número de etapas para uma determinada
função, pode variar de aparelho para aparelho, conforme a época de sua
fabricação e os recursos que incorporar.
Os sinais
captados pela antena, são levados pelo cabo até a entrada do circuito seletor
(bloco l).
Este circuito
consiste num amplificador de RF, com capacidade de operar com sinais da faixa
larga usada pela TV, e com um nível de ruído próprio muito baixo.
O que ocorre é
que o sinal neste ponto é extremamente fraco. Além dos ruídos que ele próprio
pode conter, existe a possibilidade dos componentes do circuito introduzirem
ruídos. Uma válvula, por exemplo, pelo fato de operar quente, e portanto
sujeito a uma agitação térmica acima do normal, introduz ruídos que se
manifestam na forma de chuviscos. Os próprios transistores, quando em operação
a temperatura ambiente introduzem ruídos nos circuitos.
Este ruído, se
traduz como chuvisco nos televisores, e como um chiado que percebemos nos
receptores de FM, quando fora de estação.
Na figura 2, temos
a representação do ruído, que nada mais é, do que um sinal que não tem
frequência definida, mas sim composto de pulsos que cobrem todo o espectro.
Os transistores
usados nesta etapa do televisor, são de tipos especiais, que se caracteriza
por um nível de ruído muito baixo.
Ainda no seletor,
encontramos o conversor que gera um sinal de frequência, que depende do canal
sintonizado, de modo que ocorra um batimento entre eles e resulte na frequência
diferença, igual a frequência intermediária ou Fl.
O sinal de Fl e
então levado ao segundo bloco do receptor de TV, que consiste em diversas
etapas amplificadoras de Fl (figura 1, bloco II).
No final das
etapas de amplificação, é feita a detecção do sinal de vídeo (figura 1, bloco
III), e ao mesmo tempo a separação do sinal de áudio, que passa a seguir um
caminho diferente.
Acompanhando
inicialmente o sinal de áudio, chegamos ao bloco IV (figura 1), que é o amplificador de Fl de som, e que em alguns receptores,
é substituído diretamente pelo detector de áudio.
O detector de áudio, nada mais é do que um discriminador, já que o sinal de som é modulado em frequência, sendo este o bloco V no diagrama da figura 1.
dos usados em
receptores de rádio comuns. Este é o bloco VI no diagrama da figura 1.
Nos receptores estéreo,
temos a inclusão de um multiplexador PLL, que faz a separação dos canais, que
então são amplificados por etapas diferentes.
Voltando ao
detector de vídeo, passamos agora a analisar o sinal de vídeo, que vai
inicialmente para uma etapa amplificadora, que corresponde ao bloco VII.
Neste ponto do
circuito, o sinal é separado em dois, o sinal que contém a informações sobre a
imagem (vídeo propriamente dito), e o sinal de sincronismo, que contém
informações tanto sobre o sincronismo vertical como horizontal.
Neste mesmo
bloco, temos um retomo para o sinal que controla o circuito de AGC, ou Controle
Automático de Ganho, que é representado pelo bloco VIII.
A finalidade
deste circuito, é aumentar o ganho das etapas de entrada e Fl do receptor,
quando o sinal que está sendo recebido for fraco, e diminuir seu ganho quando o
sinal for forte, de modo a evitar a saturação.
Este circuito,
também ajuda a reproduzir os efeitos das variações de sinal, que ocorrem por
reflexão num objeto que se move, por exemplo um avião.
O sinal de vídeo propriamente dito, depois de
amplificado é levado diretamente ao cinescópio (bloco IX), para modular o feixe de elétrons, e assim se obter os pontos claros e
escuros da imagem.
Já o sinal de sincronismo é leva do ao bloco X que consiste no separador de sincronismo. A finalidade
deste bloco, é separar os pulsos de sincronismo vertical, dos pulsos de sincronismo horizontal. Analisemos em separados os percursos dos dois tipos de pulsos. Os pulsos de sincronismo
vertical, de menor frequência, vão para o bloco XI, que consiste num integrador. Este bloco tem por
finalidade modificar a forma de onda do sinal de sincronismo, de modo que ele possa ser usado pelo
bloco seguinte. O bloco seguinte, consiste num oscilador gatilhado, ou seja, um oscilador que produz uma forma de onda, "dente de serra", mas comandada em frequência pelo sinal de sincronismo vertical. Esse bloco, com o número XII, produz então o sinal de varredura vertical, mas em sincronismo com os pulsos recebidos pelo receptor, mantendo assim a imagem estável. Deste bloco, o sina! é levado ao sistema de deflexão vertical do cinescópio. Paralelamente, o sinal de sincronismo horizontal vai para o bloco XIII, que consiste num Controle Automático de Frequência (CAF), que atua sobre o bloco seguinte, o bloco XIV que é o oscilador de deflexão horizontal. A finalidade deste oscilador é também obter um sinal dente de serra, sincronizado com os pulsos recebidos, conforme mostra a figura 3.
deste bloco, é separar os pulsos de sincronismo vertical, dos pulsos de sincronismo horizontal. Analisemos em separados os percursos dos dois tipos de pulsos. Os pulsos de sincronismo
vertical, de menor frequência, vão para o bloco XI, que consiste num integrador. Este bloco tem por
finalidade modificar a forma de onda do sinal de sincronismo, de modo que ele possa ser usado pelo
bloco seguinte. O bloco seguinte, consiste num oscilador gatilhado, ou seja, um oscilador que produz uma forma de onda, "dente de serra", mas comandada em frequência pelo sinal de sincronismo vertical. Esse bloco, com o número XII, produz então o sinal de varredura vertical, mas em sincronismo com os pulsos recebidos pelo receptor, mantendo assim a imagem estável. Deste bloco, o sina! é levado ao sistema de deflexão vertical do cinescópio. Paralelamente, o sinal de sincronismo horizontal vai para o bloco XIII, que consiste num Controle Automático de Frequência (CAF), que atua sobre o bloco seguinte, o bloco XIV que é o oscilador de deflexão horizontal. A finalidade deste oscilador é também obter um sinal dente de serra, sincronizado com os pulsos recebidos, conforme mostra a figura 3.
Além de fazer a
deflexão horizontal, os sinais deste bloco também servem para excitar uma etapa
especial, marcada como bloco XV. Trata-se do
circuito de polarização de alta tensão do cinescópio. Este circuito tem por
base um transformador de alta tensão, denominado "fíy-bacK, que gera a tensão
de alguns milhares de volts, necessária a aceleração do feixe de elétrons.
Finalmente, temos
o bloco XVI, cuja a finalidade é fornecer as tensões,
que as diversas etapas necessitam, para seu funcionamento normal.Além desses
blocos, conforme o tipo de aparelho, podemos encontrar variações
interessantes. Por exemplo, nos circuitos de televisores em cores, temos de
acrescentar os blocos que fazem o reconhecimento dos sinais das cores,
processam esses sinais, e os aplicam no cinescópio. Num gravador de
videocassete, temos os mesmos blocos, com exceção dos que fazem a excitação do
cinescópio, conforme mostra o diagrama de bloco da figura 4.
Como temos um
seletor (amplificador + conversor), etapas de vídeo e detecção, os sinais do
gravador, tanto podem ser usados na forma "decodificada", como áudio
e vídeo composto puros, conforme vimos na lição anterior, como também podem
atuar sobre um bloco modulador. Neste bloco, os sinais novamente são
"misturados", fazendo parte de um sinal, que pode ser jogado no canal
2 ou 3 de um televisor comum.
b) O SELETOR DE
CANAIS
O seletor de
canais, é o primeiro circuito que vamos analisar em nosso curso, e nele estão
nor-malmente os blocos l e II que estudamos, ou
seja, amplificador de RF e o conversor.
Nos circuitos antigos,
o sistema de seleção d canais usado, é do tipo "pastilha", conforme
mostr a figura 5.
Neste circuito,
temos uma etapa amplificador com uma válvula, e uma etapa conversora usand
outra válvula, um circuito típico é mostrado na figur 6.
Quando mudamos de
canal, um tambor gira encaixando os contatos (pastilhas), onde estão a bobinas
de todos os circuitos sintonizados, das dua etapas.
As bobinas vêm
pré-ajustadas de fábrica, ma como existem sempre pequenas diferenças de es
racterísticas, que podem ser devidas a variação d temperaturas e outros
fatores, podem ser necessí rios ajuste finos.
Assim, existe em
paralelo com o circuito d sintonia, um capacitor vernier, que permite faze
pequenos ajustes em cada canal sintonizado, d modo a se obter a melhor sintonia,
conforme mostt a figura 7. O acesso ao capacitor vernier, é feito por meio de
um botão no mesmo eixo do seletor, mas envolvendo o eixo da chave comutadora
das estações.
Nos receptores
que possuem faixas de UHF, devem ser previsto um sistema adicional para sua
sintonia.
Como uma chave,
com o número de posições correspondentes, aos canais desta faixa é inviável, o
que se faz é a sintonia contínua, por meio de um variável, de modo semelhante
a um receptor de rádio.
Assim, em muitos
receptores, o que se tem é uma posição do seletor UHF, em que é colocada a
chave, e depois a mudança de estações passa a um botão comum, conforme mostra
a figura 8.
Para um circuito
transisto-rizado, o princípio de funcionamento é o mesmo, com a diferença de
que em lugar das válvulas temos transistores, e evidentemente a tensão de
alimentação é bem menor, isso para o caso do tipo "de tambor".
Na figura 9,
temos a estrutura em blocos de um seletor típico de TV manual.
Os sinais que
chegam da antena, passam por um transformador, denominado Balun, que é uma
forma contraída de "balanced to unbalaced", já que os sinais que
chegam da linha de 300 £2, são balanceados, e o circuito precisa de sinais
desbalanceados para operar. Urna vez que os sinais passam por este transformador,
eles são levados a um filtro de entrada, que impede a passagem de sinais de
outras faixas, que possam prejudicar o funcionamento .do aparelho.
Este filtro é
sintonizado, e seu sinal é levado a um amplificador de RF, que se caracteriza
pelo alto ganho e baixo nível de ruído.
Deste
amplificador temos nova sintonia, mas agora com um filtro duplamente
sintonizado, de modo a deixar rigorosamente passar, apenas a faixa do canal
sintonizado. Um oscilador local gera um sinal cuja frequência seja a soma da
frequência do sinal sintonizado, com a frequência da Fl de vídeo, que nosso
padrão (M) é de 45,75 MHz.
Veja que neste
caso, não será preciso gerar um outro sinal para corresponder a Fl de som, que
tem frequência diferente, pois é possível da própria Fl de vídeo, obter este
deslocamento.
Isso ocorre
porque quando combinamos os dois sinais, o gêrado pelo oscilador local, com o
sinal que entra da estação, que na realidade tem uma faixa bastante larga,
todas as frequências desta faixa se deslocam, e o que obtemos na verdade é uma
faixa de 6 MHz de largura, deslocada para a faixa de Fl, conforme mostra a
figura 10.
Temos então o
sinal da portadora de som, justamente deslocado para a frequência de 41,25 MHz
de onde ele pode ser extraído facilmente, depois da amplificação.
Obtido o sinal de
Fl, já no seletorele é enviado às etapas seguintes de amplificação.
Um avanço obtido
para os seletores em relação aos antigos tipos "de tambor", é o uso
do varicap.
O varicap ou
diodo de capacitância variável, é urn componente semicondutor, que pode fazer a
sintonia de circuitos controlado por meio de tensão.
Na figura 11
temos um circuito de oscilador, que faz uso de um diodo varicap.
A capacitância
que o diodo apresenta, e portanto a frequência de sintonia do circuito,
depende da tensão aplicada, e portanto da posição do cursor do potenciômetro.
Desta forma, em
lugar de um capacitor variável, como nos rádios ou de uma chave rotativa,
podemos usar um potenciômetro comum, para fazer a sintonia.
Veja então que, a
tensão obtida no potenciômetro, é levada a dois ou três varicaps, já que nos
circuitos mais simples, temos que variar ao meámc tempo a frequência do
oscilador e de sintonia, e nos mais elaborados temos também que variar a
sintonia do circuito amplificador de RF, conforme mostra a figura 12.
Com base em
diodos varicaps, temos um tipo de seletor mais moderno, que é feito por meio de
chaves de teclas, conforme mostra a figura 13.
A cada tecla
temos associados dois trimpots, um que faz o ajuste "grosso" ou
principal da tensão aplicada ao circuito, e outro que faz o ajuste
"fino". Afuando sobre os dois, ajustamos a tensão no canal desejado,
de modo que ela polarize o varicap, da forma que permite selecionar esta
estação. Assim, quando tocamos nesta tecla, colocamos no circuito os trimpots,
e com isso obtemos a tensão de sintonia para aquele canal.
Veja que a chave
de teclas usada é do tipo interdependente, ou seja, quando apertamos uma tecla,
qualquer outra que estiver acionada, é desligada automaticamente.
Ainda com base no
varicap, temos mais uma possibilidade, encontrada em muitos televisores, que é
a sintonia por toque..
Nela, o que temos
é um circuito integrado comutador, que baseado na resistência dos dedos da
pessoa, comuta suas saídas, levando então tensão ao par de trimpots de ajuste
de sintonia de cada canal, conforme mostra a figura 14.
O sensor para este tipo de seletor consiste então em duas chapinhas de metal, que devem ser tocadas simultaneamente com o dedo, conforme mostra a figura 15.
A principal
desvantagem que este sistema apresenta, é que precisamos ter uma tecla ou ponto
de toque, e dois trimpots para cada canal, o que o torna próprio apenas, para o
caso da faixa de VHF.
O que se faz na
prática, é deixar uma décima terceira posição no conjunto, para os canais de
UHF, que são selecionado por meio de seletor separado, de faixa contínua
(potenciômetro, por exemplo) ou de outra forma.
Nos televisores
atuais, a sintonia por tambor ou ainda por teclas já é rara, sendo encontrada
apenas em modelos populares de menor custo.
Os equipamentos
mais modernos, utilizam comandos digitais, que são interpretados por
microprocessadores internos, que tanto podem receber informações, sobre os
canais que devem ser sintonizados, como também gerar tensões que comandam outras
funções, tais como o volume, cor, contraste, brilho, etc.
Por meio de
circuitos PLL (Phase Locked Loop), é possível sintetizar diretamente a
frequência do oscilador com grande precisão, eliminando-se assim a necessidade
dos trimpot de ajuste em cada canal, conforme mostra a figura 16.
Como a obtenção
das frequências de sintonia, é muito mais fácil como estes integrados
dedicados, podemos facilmente ter seletores para todos os canais de VHF e UHF,
usando um teclado no painel com números.
Para sintonizar o
canal 56 por exemplo, de UHF, basta digitar 5 e 6, e o circuito interpreta
estes valores, gerando a frequência do oscilador e a tensão para a sintonia
necessária, à seleção deste canal.
Os sinais de
comando 5 e 6, como são digitais, podem ser enviados ao aparelho por controle
remoto.
Processados por um circuito especial, que estudaremos nas lições futuras, os sinais de um controle remoto, são enviados ao seletor, determinando então qual frequência deve ser sintetizada pelo oscilador local, e qual frequência deve entrar pelo amplificador de RF e chegar ao circuito conversor.
O importante em
todos os circuitos que vimos é saber qual é a finalidade básica do bloco
seletor, receber os sinais da estacão, amplificá-los e combinando-os com o
sinal do oscilador local, obtem-se o sinal de frequência intermediária que,
para o vídeo é centralizado em 45,75 MHz, e para o áudio em 41,25 MHz, conforme
mostra a figura 17.
Observe que é
justamente nesse ponto do aparelho de TV, que encontramos as frequências mais
altas. Estas frequências podem chegar aos 216 MHz, se o receptor for só de VHF,
quando sintonizamos o canal 13 e chegar aos 890 MHz, nos receptores de UHF,
quando sintonizamos o canal 83.
Por este motivo,
o seletor consiste numa parte bastante crítica do aparelho de TV, já que
sujeira, umidade, má colocação de peças no reparo, podem facilmente afetar seu
funcionamento.
Os seletores
podem tanto ocupar placas ou blocos separados, que devem ser blindados, para se
evitar influências externas, como podem estar numa placa com os demais estágios
do circuito, mas protegido com blindagens, devido a influência dos circuitos
adjacentes.
Na parte prática
de nosso curso, veremos como proceder no trabalho com os seletores, e com eventuais
ajustes.
No seletor típico
ternos então diversos tipos de entradas e saídas. Tomamos como base em seletor
"de tambor" transistorizado, onde encontramos os seguintes pontos de
ligação:
• Alimentação com
dois pontos, sendo um para a tensão positiva de polarização dos estágios e
outros de terra.
• Entrada de
sinal, onde é ligada a antena, podendo isso ser feito diretamente, e em alguns
modelos por meio de capacitores de isolamento.
• Saída do sinal
de Fl para a etapa seguinte, feita por meio de fio blindado. • Entrada para o
Sinal do CAG (Controle Automático de Ganho).
Obs.: Dependendo
do tipo, podemos ter mais de uma tensão de alimentação. Para os seletores à
válvulas, deve ser incluída a tensão dos filamentos desses componentes.
c) OS CIRCUITOS
NA PRÁTICA
O desenvolvimento
da eletrônica tem, levado à montagens cada vez mais compactas, e circuitos cada
vez mais complexos, dada a possibilidade de sua integração em componentes
dedicados.
Assim, partindo
dos antigos seletores de tambor a válvulas, em que estes componentes são montados
em soquetes volumosos, e os componentes mesmo discretos de boas dimensões com
bobinas enroladas, em forma de plásticos especiais e com recursos mecânicos
complexos, e fáceis de dar problemas, passamos para os tipos com varicaps, que
sendo mais compactos, e tendo menos peças móveis já são mais confiáveis.
Nestes circuitos,
com montagem em placas de circuitos impressos, muitas bobinas de baixa
indutância podem ser obtidas diretamente, a partir de trilhas mais longas,
dobradas ou em espiral, conforme mostra a figura 19.
Assim, ao analisar um seletor e compará-lo com o diagrama, o técnico pode ficar embaraçado, em não encontrar uma bobina, que na verdade é a própria trilha do circuito impresso deste elemento.
Da mesma forma,
podem existir capacitores de valores muito baixos, que são obtidos por trilhas
de cobre, com certa disposição conforme mostra a figura 20.
Duas trilhas
correndo paralelas, ou com uma área maior confrontando com a linha de terra,
formam um capacitor de baixo valor.
Temos ainda os
capacitores "by pass", conforme mostra a figura 21, que podem
simplesmente formar uma espécie de biindagem, para uma passagem de sinal de um
ponto a outro do circuito, numa placa de circuito impresso.
Nas entradas e
saídas de sinais dos seletores, é comum o uso deste tipo de componentes, cuja
representação é mostrada na mesma figura.
PARTE PRATICA
REPARANDO SELETORES DE CANAIS
Conforme vimos na
parte teórica, é no seletor que encontramos as frequências mais elevadas de um
televisor, por isto, esse elemento do televisor, é bastante delicado e crítico.
No entanto,
existem alguns defeitos que mesmo o técnico iniciante pode reparar, desde que
tenha cuidado e habilidade.
Os sintomas de um
televisor, que tenha problemas de seletor podem variar. Tomando como ponto de
partida um televisor tradicional, com seletor do tipo de tambor, daremos
algumas informações, que podem ser de utilidade ao técnico iniciante.
a) SELETORES DE
TAMBOR
P principal
problema que este tipo de seletor apresenta, é o desgaste dos contatos das
pastilhas do tambor. Desta forma, quando trocamos de canal, a estação
sintonizada, pode entrar em determinados momentos de forma normal, mas outras
vezes pode entrar com chuviscos e até falhas, conforme sugere o fabricante .
Mexendo no botão
do seletor de modo a tirar levemente de sintonia o canal, ou tentando fixá-lo
numa posição intermediária, conseguimos a sintonia normal. Este defeito é
característico do mau contato aas pastilhas com a chave seletora. A solução
imediata mais simples é a utilização de um "spray" limpador de
cohtatos, que deve ser aplicado em todas as pastilhas, e na chave conforme o cicuito.
O que ocorre é
que estes contatos se desgastam, e ainda forma-se uma camada de óxido que
impede a passagem de sinais. Uma solução melhor, consiste em se fazer a lavagem
das pastilhas e dos próprios contatos com Thinerou outro solvente, mas deve-se
ter habilidade, para desmontar as partes mecânicas do seletor, e depois
remontá-las correta-mente.
O seletor deve
ter suas partes lavadas cuidadosamente e secas, antes de ser colocado para
funcionar.
Neste processo, o
técnico deve marcar as posições das pastilhas, de acordo com os canais que
sintonizam.
Nos receptores a
válvula ocorre a perda de rendimento do circuito, ou mesmo que ele deixe de
oscilar, pela perda de emissão destes componentes ou seu enfraquecimento.
As válvulas
"enfraquecem", no sentido de que os cátodos, deixam de emitir
elétrons em quantidade suficiente, para se obter um bom funcionamento, mudando
então as características do componente.
Se bem que poucos
sejam os seletores que ainda usam válvulas e que , quando isso ocorra, o que se
recomenda é "aposentar" o televisor; pode ser que, tendo uma válvula
disponível, do tipo usado no seletor, se suas características ainda estiverem
satisfatórias, com a simples substituição seja possível recuperar o
funcionamento.
Os seletores
possuem muitos pontos de testes e ajustes, onde são tanto aplicados sinais
para comprovação de funcionamento, como retirados sinais ou feitas medidas de
acordo com os manuais próprios contatos com Thinerou outro solvente, mas
deve-se ter habilidade, para desmontar as partes mecânicas do seletor, e depois
remontá-las correta-mente.
O seletor deve
ter suas partes lavadas cuidadosamente e secas, antes de ser colocado para
funcionar.
Neste processo, o
técnico deve marcar as posições das pastilhas, de acordo com os canais que
sintonizam.
Nos receptores a
válvula ocorre a perda de rendimento do circuito, ou mesmo que ele deixe de
^vor-ilor nala narrla He oscilar, pela perda de emissão
destes componentes ou seu enfraquecimento.
As válvulas
"enfraquecem", no sentido de que os cátodos, deixam de emitir
elétrons em quantidade suficiente, para se obter um bom funcionamento, mudando
então as características do componente.
Se bem que poucos
sejam os seletores que ainda usam válvulas e que quando isso ocorra, o que se
recomenda é "aposentar" o televisor; pode ser que, tendo uma válvula
disponível, do tipo usado no seletor, se suas características ainda estiverem
satisfatórias, com a simples substituição seja possível recuperar o
funcionamento.
Os seletores
possuem muitos pontos de testes e ajustes, onde são tanto aplicados sinais
para comprovação de funcionamento, como retirados sinais ou feitas medidas de
acordo com os manuais dos fabricantes. Temos também muitas bobinas e outros
componentes ajustáveis, cujos acessos são feitos das mais diversas formas, como
mostra o exemplo de seletor
É importante
observar, que em muitos casos, os ajustes devem ser feitos com ferramentas
não.Falta de sensibilidade nos extremos das faixas de sintonia, ou dificuldade
em sintonizar certos canais.
• Os canais
captados tem imagem deficiente (chuvisco).
• Não se consegue
ao mesmo tempo som e imagem de boa qualidade, com rendimento baixo para os
dois.
Estes sintomas
são característicos de problemas com um seletor de canais.
Se um tipo não
original for usado, com características diferentes, o ajuste dos canais para
melhor recepção não será possível.
c) SELETORES POR
TOQUE
Os procedimentos
para reparo de seletores, tanto que fa-zem uso da chave de tecla, como por
toque, segue basicamente dois tipos de análise.
Uma delas é no
setor de conversão e amplificação de sinais que opera exatamente como num
seletor comum, verificando as tensões, e se existe o sinal na saída (
verificaremos nas lições futuras como usar geradores, e outros instrumentos de
prova para isso).
A outra é no
setor de controle, devemos verificar se ao apertarmos cada tecla, aparece a
tensão de controle dos varicaps, nos trimpots correspondentes.Um canal que não
dê ajuste, ou ainda que não pegue da maneira satisfatória, pode justamente indicar
que, a tecla ou toque não está aluando, ou que existem problemas nos trimpots
correspondentes.
Se um ou mais
canais apenas não funcionarem, temos então um argumento que nos mostra que o
problema está na sintonia, e não no circuito conversor propriamente dito.
No entanto, se
nenhum canal pegar e ao atuarmos sobre as teclas ou controle de toque, aparecerem
as tensões esperadas nas saídas, então pó-demos ter certeza que, o problema não
é no setor de controle, mas sim no setor de alta frequência (oscilador local,
conversor e amplificador de RF),
Devemos neste
ponto separar duas gerações de controles por toque, as que fazem uso de componentes
relativamente comuns, de linhas normais e que portanto, podem usar vários
integrados, e aquelas mais modernas que fazem uso de componentes dedicados.
No caso dos
componentes dedicados, o que temos é um componente único, que reúne todas as
funções necessárias à sintonia, e que portanto se apresentar problemas, só deve
ser substituído pelo original.
No caso das gerações
com componentes tradicionais, podemos até encontrar equivalentes, como Cls
lógicos da linha CMOS.
Dependendo da origem do aparelho pode até haver uma certa dificuldade de reparação, pois um componente dedicado deste tipo de aparelho importado, pode não estar disponível em nosso mercado.
d) SELETORES
DIGITAIS
Para trabalhar no
reparo de sistemas digitais de sintonia, não é necessário que o técnico conheça
eletrônica digital profundamente, se bem que isso ajude muito.
Lembrando que
estes circuitos operam com níveis lógicos determinados, ou seja, que temos
tensões de O V e um valor positivo único,consultando os manuais dos aparelhos é
possível saber se algo vai mal com o integrado , com os dedicados, ou ainda com
os componentes adjacentes.
Um circuito deste
tipo, consta de um teclado que faz a seleção da função, um display que indica o
número digitado, e portanto a função, e um conjunto de saídas, que apresentam
tensão conforme a operação ou função selecionada.
Se a função
digitada aparecer no display, na saída correspondente tiver a tensão de comando
(diferente das outras), e o aparelho não responder, então podemos suspeitar que
o problema está no circuito que deve realizar a função, e não no que o comanda.
Por outro lado,
se não houver esta tensão de comando, ou não aparecer a indicação no display,
então podemos suspeitar deste circuito.
A análise dos
circuitos lógicos, deve ser feita com base num indicador de níveis lógicos, ou
então com o multímetro, procurando-se detectar os níveis de tensão indicados no
diagrama do fabricante. Como procedimento indicado, para o caso de circuito
inte-
grado em geral,
começamos pela medida das tensões, e encontrando alguma anormalidade, verificamos
os componentes periféricos.
Se estiverem
bons, então provavelmente é o próprio integrado que se encontra com problema.
Para os circuitos
com controles remotos, veremos nas lições futuras como funcionam. Que tipo de
instrumental deve possuir um técnico, que vai reparar equipamentos de TV, é
algo que veremos nas próximas lições, inclusive ensinando alguns procedimentos
básicos.
Lembramos
finalmente que os seletores do tipo digital, são parte dos equipamentos de
videocassete, já que eles possuem seu próprio receptor de TV integrado.
Em alguns tipos,
o controle da etapa seletora por tais circuitos, utiliza verdadeiros
microcom-putadores, que podem ter funções adicionais, como a de ligar e
desligar o aparelho em determinado canal, em horários programados para fazer
uma gravação, a de transferir um sinal captado tanto para uma fita como um
televisor, e outras.
Dada a grande
variedade de componentes, e tipos de circuitos usados no controle de seletores
e incorporando-os, os técnicos devem preocupar-se em reunir literatura sobre o
assunto.
O espaço deste
curso é insuficiente para que
numa única lição,possamos abordar todos os tipos
de circuitos existentes para esta finalidade, mas
partindo dessa base, o leitor poderá facilmente partir
rumo a um aperfeiçoamento..
numa única lição,possamos abordar todos os tipos
de circuitos existentes para esta finalidade, mas
partindo dessa base, o leitor poderá facilmente partir
rumo a um aperfeiçoamento..
RADIO RECEPITORES
OSCILADOR DE
BATIMENTO PARA OUVIR SSB
SSB significa
Single Side Bandou traduzindo, Lateral Única ou Faixa Lateral Única. Em muitas
publicações técnicas encontramos a sigla em português BLU, que é a mesma
coisa, mas que não "pegou" muito. Por este motivo, em nosso artigo,
vamos usar a sigla SSB para designar essa modalidade de transmissão que
passamos a explicar em seguida, para que os leitores saibam como podemos
decodificá-la.
O QUE É O SSB
Os leitores
conhecem perfeitamente os processos de modulação de sinais de rádio mais
usados: no AM o que se faz é variar a intensidade (amplitude) do sinal de
rádio, aplicando-lhe um sinal de áudio, a voz por exemplo. Desta forma, o sinal
que chega ao receptor contém as variações do sinal original de som que podem
ser extraídas e reproduzidas num alto-falante.
Esta modalidade
de transmissão (usada pêlos radioamadores em muitas faixas) tem o
inconveniente de ser sensível à interferências e ruídos e ocupar uma faixa
relativamente ampla do espectro exigindo assim boa potência dos aparelhos para
um bom alcance.
A vantagem
principal do processo é a simplicidade com que pode ser elaborado.
A segunda
modalidade é o FM, onde a frequência do sinalé variada com o som, de modo que é
necessário um circuito diferente (discriminador) para a separação da
informação, mas mesmo assim, é bastante usada pelas vantagens que apresenta.
A desvantagem
ainda é a faixa ampla do espectro ocupado o que torna este processo melhor
para as frequências mais elevadas, e a vantagem está na sua imunidade ao ruído.
Na figura 1,
ilustramos os dois processos indicados de modulação.
Pois bem, um
terceiro processo, muito usado nos serviços de telecomunicações,
radioamadores, entre outros é o denominado SSB. O que se faz basicamente é o
seguinte:
Quando um sinal
de alta frequência é modulado, ele não apenas sofre variações de intensidade
com este sinal, como também, tem sua frequência somada e subtraída deste
sinal, num processo de "batimento".
Assim, se
modularmos um sinal de 1000 kHz (portadora) com um sinal de áudio de 1 kHz,
aparecem dois sinais adicionais ao lado da portadora de 1 MHz: um que
corresponde à diferença de frequências de 999 kHz e outro à soma de 1001 kHz.
Estes três sinais repartem a energia do transmissor, de modo que temos um
"desperdício" da energia emitida e além disso, a ocupação de uma
faixa larga do espectro, de 999 a 1001 kHz, veja a figura 2.
Ora, se o sinal
diferença ou o sinal soma contém a modulação ou informação que desejamos
transmitir, por que temos de mandar para o ar os três?
O que se faz é
suprimir a portadora e usar apenas um dos sinais de batimento, ou seja, uma das
faixas laterais (single -única ; s/de = lateral ; band = faixa ou banda).
Temos então o
processo de SSB onde podemos encontrar ainda duas variações: Se trans-
mitirmos a faixa
lateral de frequência mais baixa (inferior) temos uma transmissão em LSB (Low
S/de Band ou Banda Lateral Inferior) e se usarmos a faixa lateral de
frequência mais alta (superior) temos a transmissão em USB (Upper S/de Band ou
Banda Lateral Superior).
Qual é a vantagem
de tudo isso?
Havendo apenas
uma faixa estreita transmitida sua vulnerabilidade à interferências é menor.
Por outro lado, podemos concentrar muito mais energia nesta faixa e com isso
obter um alcance muito maior, com a mesma potência de um transmissor.
Para receber os
sinais de SSB e decodificá-los é preciso reinserir a portadora que foi suprimida
na modulação, pois sem ela o detector de AM não funciona. O aparelho que
descrevemos a seguir executa essa função.como também, tem sua frequência
somada e subtraída deste sinal, num processo de "batimento".
Ora, se o sinal
diferença ou o sinal soma contém a modulação ou informação que desejamos
transmitir, por que temos de mandar para o ar os três?
O que se faz é
suprimir a portadora e usar apenas um dos sinais de batimento, ou seja, uma das
faixas laterais (single -única ; s/de = lateral ; band = faixa ou banda).
Temos então o
processo de SSB onde podemos encontrar ainda duas variações: Se trans-
mitirmos a faixa
lateral de frequência mais baixa (inferior) temos uma transmissão em LSB (Low
S/de Band ou Banda Lateral Inferior) e se usarmos a faixa lateral de
frequência mais alta (superior) temos a transmissão em USB (Upper S/de Band ou
Banda Lateral Superior).
Qual é a vantagem
de tudo isso?
Havendo apenas
uma faixa estreita transmitida sua vulnerabilidade à interferências é menor.
Por outro lado, podemos concentrar muito mais energia nesta faixa e com isso
obter um alcance muito maior, com a mesma potência de um transmissor.
O problema,
entretanto, é que para receber tais sinais e recuperar a modulação, ou seja, o
áudio, o procedimento é um pouco mais complicado e os receptores comuns não
podem executá-lo.
Para receber os
sinais de SSB e decodificá-los é preciso reinserir a portadora que foi suprimida
na modulação, pois sem ela o detector de AM não funciona. O aparelho que
descrevemos a seguir executa essa função.
OBFO
LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
Q,, Q, - BF245 -
transistor de efeito de campo de junção
Resistores: (1/8
W, 5%)
R, - 150 kQ -
marrom, verde,
amarelo
R2, R5 - 330 £2 -
laranja,
laranja, marrom
R3 - 120 kQ -
marrom,
vermelho, amarelo
R4 - 150 íi -
marrom, verde,
marrom
Capacitores:
C, - 220 pF *
cerâmico C2, C6 - 47 pF - cerâmicos C3, C4 - 4,7 nF - cerâmicos C5, Cg - 10 nF
- cerâmicos C7, C10 - 100 nF - cerâmicos C8 - 22 pF - cerâmico CV - variável -
ver texto
Diversos:
L, -
Transformador de Fl de 455 kHz
S, - Interruptor
simples B, - 9 V - bateria ou pilhas Placa de circuito impresso, suporte de
pilhas ou conector de bateria, caixa para montagem, botão para o variável,
fios, solda, etc.
BFO é a sigla de
Beat Fre-quency Oscillator ou Oscilador de Frequência de Batimento. A sigla OFB
também pode ser encontrada em algumas publicações técnicas, mas neste artigo
vamos manter o original.
O que este
oscilador faz é gerar um sinal que, combinando com o sinal de SSB, restabelece
a portadora modulada em amplitude, mas na frequência intermediária do
receptor, ou seja, em 455 kHz para os rádios comuns, conforme sugere a figura
3.
Com a reinserção
da portadora, o detector que antes não conseguia retirar do sinal senão ruídos
incompreensíveis, passaa identificar o sinal de áudio que pode ser reproduzido
da forma normal pelas etapas seguintes.
Nos receptores de
comunicações, como os usados pêlos radioamadores, o BFO é controlado por
cristais e gera frequências precisas de reinserção: essas frequências são de
456,4 kHz para a USB (Faixa Lateral Superior) e 453,6 kHz para a LSB (Faixa
Lateral Inferior), isso num receptor que tenha frequência intermediária de
455 kHz.
Em nosso caso,
não podemos nos dar a esse luxo, pois a obtenção de cristais nestas frequências
não é nada fácil!
Na verdade, mesmo
um cristal de qualquer frequência que seja já não pode ser encontrado em toda
esquina...
O que vamos fazer
é gerar um sinal próximo desses, mas que pode ser ajustado de modo
"fino", para que o leitor encontre experimentalmente o ponto em que
ele funciona e assim, feito o ajuste, o som original pode ser ouvido.
COMO FUNCIONA
NOSSO BFO
Já publicamos
anteriormente um BFO nesta revista, mas aquele circuito tinha um inconveniente
que procuramos eliminar: estabilidade. De fato, depois de algum tempo ligado
e ajustado, ele "fugia" de frequência e precisava ser novamente
ajustado.
Levando em conta
que os rádios comuns não são muito estáveis, procuramos elaborar um circuito
com transistores de efeito de campo.
Neste circuito
temos um Oscilador Collpitts que opera em uma frequência determinada por uma Fl
comum em série com um capacitor variável. Neste capacitor variável, podemos
ajustar a frequência do circuito conforme desejamos ouvir a LSB ou USB de uma
transmissão em SSB.
O sinal deste
oscilador, depois de passar por um outro tran-sistor de efeito de campo de junção,
é levado à entrada de uma
das etapas de Fl
do radinho que vamos usar.
Na verdade,
podemos até "injetar" o sinal na própria antena, porque, passando
pelas etapas iniciais do receptor, ele se combina nas Fls de modo a ser obtido
o efeito desejado.
A alimentação do
circuito é feita por meio de pilhas comuns que terão grande durabilidade, pois
o circuito é bastante económico em termos de consumo.
MONTAGEM
Na figura 4,
temos o diagrama completo do BFO.
A disposição dos
componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 5.
Observe com
cuidado a posição dos transistores de efeito de campo, pois se houver inversão,
o aparelho não vai funcionar.
Notem que podem
ser usados os transistores MPF102 em lugar dos BF245, mas a sua disposição de
terminais é diferente. A bobina L^ é o enrolamentoprimário de um pequeno transformador
de F! de 455 kHz retirado de um rádio de AM fora de uso. Pode ser usado um
transformador com núcleo branco, amarelo ou preto. O vermelho não serve, pois
é a bobina osci-ladora.
Os resistores são
todos de 1/8 W com 5% ou mais de tolerância e os capacitores são todos
cerâmicos. XRF, e XRF2 são microchoques comuns. O variável também pode ser aproveitado
de algum radinho AM fora de uso, uma vez que não se trata de componente
crítico. Apenas observe que, se for usada a secção de menor capaci-tância de
um variável de rádio que também tenha a faixa de FM, pode ser necessário aumentar
o valor do capacitor em série com este componente de modo a ser obtido o
ajuste.
Para a saída de
sinal é usado um cabo blindado se este sinal for injetado na Fl do receptor.
Se for injetado na antena, podemos usar dois fios com garras: um será ligado à
antena e outro ao negativo da alimenta-ção ou entrada de terra do receptor com
que ele deve funcionar. O conjunto cabe facilmente numa caixinha plástica cujas
dimensões são basicamente determinadas pelo suporte das pilhas.
AJUSTES E USO
Inicialmente,
conecte o aparelho ao receptor de ondas curtas'. A conexão mais simples é a
da saída X^ na antena, normalmente não sendo necessária a conexão X2.Se for
notada a falta de excitação do circuito, então pode ser necessário fazer a
ligação de X2 no terra do receptor.
Outras possibilidades
de ligação do BFO são mostradas na figura 6.
Na primeira, o
acoplamento é feito capacitlvamente enrolando umas voltas do fio ligado a X,
na própria antena telescópica do receptor, sendo esta uma solução bastante
eficiente em receptores mais sensíveis.
Na segunda,
enrolamos em torno do próprio receptor umas duas ou três voltas de fio comum
de modo a acoplar o sinal indutivamente ao circuito.
Feita a conexão
do aparelho ao receptor, procuramos sintonizar uma transmissão em SSB. Uma vez
ajustado o receptor neste sinal, ligamos o BFO em S1 e atuamos sobre CV até que
o sinal de SSB seja decodificado è a comunicação possa ser entendida.
Se o ajuste não
for alcançado pelo variável CV, tente reajustar o núcleo da bobina L,.
Se ainda assim
não conseguir, altere o valor de C-, que pode ficar na faixa de 47 pF a 470
pF.
Comprovado o
funcionamento é só usar o aparelho, ajustando-o sempre que dese-do-o sempre
que desejar ouvir comunicações em SSB.
Para os interessados
em ouvir radioamadores, as melhores faixas são as seguintes:
80 metros'
3 500 a 4 000 kHz
40 metros
7 000 a 7 300 kHz
20 metros
14 000 a 14 350
kHz
Nestas faixas,
com uma boa antena e em horários favoráveis, pó-dem ser ouvidos radioamadores
operando equipamentos de SSB de locais muito distantes.
Além das faixas
de radioamadores, o leitor pode explorar o espectro e encontrar algumas
comunicações multo Interessantes em SSB.
Existem estações
na Europa que operam com programas normais em SSB e portanto, não podem ser
ouvidos claramente num receptor comum.
Além disso, em
faixas que podem ser captadas em receptores comuns de ondas curtas como as
situadas entre 4 e 6 MHz, entre 7 e 10 MHz e entre 10 e 14 MHz podem ser ouvidos
navios, estações em fa-
zendas (banda
agrária), serviços públicos, etc. Outro ponto importante de uso para o BFO é
que ele permite agregar um tom de áudio aos sinais de onda contínua (CW)
tornando-os mais agradáveis de ouvir, verifique a figura 7. As transmissões em
CW são feitas simplesmente interrompendo-se e restabelecen-
do-se a portadora
do transmissor, sem modulação alguma. Essas comutações são feitas em Código
Morse e na recepção num rádio comum ouvimos apenas "sopros" em
código que ficam difíceis de entender. Com o uso do BFO obtemos um tom de
áudio que torna mais fácil a "tradução" da mensagem. •
O Controle Automático de Ganho - CAG.
O controle
automático de ganho ou de sensibilidade é muito importante num receptor.
Vejamos como este circuito é bastante importante.
Suponhamos que
estamos sintonizando uma estação qualquer com um receptor que não possui um
controle automático de volume.
Mudando a
sintonia do receptor para uma outra estação emissora, a intensidade de
reprodução sonora no alto-falante não será sempre igual. Se mudamos para uma
estação mais forte, a intensidade de som aumenta e se torna necessário um novo
ajuste no controle de volume manual do receptor. Suponhamos que o leitor
resolva mudar para uma outra estação muito distante, com intensidade mais
fraca. Conseqüentemente, a intensidade do som diminuirá, e será necessário
ajustar novamente a sua intensidade para obtermos o mesmo volume de som
ajustado anteriormente pelo ouvinte.
Seria muito
incómodo possuirmos um receptor que precisássemos ajustar o volume do receptor
toda vez que fossemos mudar de uma estação para outra.
O controle
automático de volume ou de sensibilidade incorporado no circuito do receptor,
fará todo este trabalho automaticamente, através de um circuito inteiramente
eletrônico. Este circuito regula a sensibilidade do receptor de tal forma que a
intensidade de som fica aparentemente nivelada, com a mesma intensidade
escolhida pelo ouvinte, independentemente de estar sintonizando uma estação
mais forte ou fraca.
O leitor deve
saber que os sinais transmitidos pelas estações transmissoras não chegam aos
receptores com a mesma intensidade.
Estes
inconvenientes são praticamente resolvidos com o emprego de um sistema
automático de ganho do circuito amplificador de Fl. A regulação é feita de tal
maneira que os sinais fracos são amplificados e os sinais fortes são atenuados,
evitando a grande variação do nível de som reproduzido pelo receptor durante a
mudança de sintonia das estações.
Na figura 30
podemos ver o diagrama elétrico do controle automático de sensibilidade do
receptor. O sinal de radiofrequência de Fl proveniente do secundário do último
transformador de RF é aplicado ao diodo retificador D1.
Como o leitor
pode ver, o cátodo do diodo está ligado ao secundário do transformador, desta
forma o diodo D1 permite a passagem apenas do semiciclo negativo do sinal. Este
sinal de tensão negativa pulsante de RF é filtrado pelo capacitor C7, e
corrente fluindo pelo potenciômetro P1, estabelece uma queda de tensão entre as
extremidades do mesmo.
Quanto maior for
o sinal recebido, maior será a tensão negativa desenvolvida no potenciômetro
P1, e vice-versa. Como o leitor pode ver, a variação da tensão negativa do
detector é aplicada nas polarizações das bases dos dois amplificadores de Fl.
O primeiro
circuito recebe o sinal pelo divisor resistivo da base de Q1, pêlos componentes
R1, R2 e R3, e o segundo circuito pelo resistor R6 que polariza a base do
transistor Q2. Esta tensão negativa aplicada às bases dos transistores
amplificadores de Fl, irá regular o ganho de amplificação do circuito, mantendo
desta forma o nível de amplificação praticamente constante na saída do último
transformador de Fl.
Apesar dos
circuitos de controle automático de ganho (CAG) aluarem durante sinais fracos
nos amplificadores de Fl, amplificando o sinal ao máximo, é claro que um sinal
sendo muito fraco, o sistema de CAG não terá eficiência de controle. Este inconveniente
não é percebido nos radioreceptores comerciais de ONDAS MÉDIAS e FM, porque
normalmente as estações transmitem seus sinais de elevada potência.
O leitor deve sempre lembrar-se que o sistema de CAG nos receptores utilizados para a faixa de telefonia de amadores, deve ser bastante eficiente, porque as estações estão em lugares muito distantes e os sinais recebidos são extremamente fracos, no caso de estações transmitidas na faixa de ONDAS CURTAS.
Nos
radioreceptores de ONDAS CURTAS, o circuito CAG além de atuar nas etapas
amplificadoras de Fl, atua também no circuito misturador e na etapa
amplificadora de RF. Existem várias formas de regular automaticamente a
sensibilidade do radioreceptor, porém, a maioria dos circuitos de CAG baseia-se
no mesmo princípio descrito neste capítulo.
Um outro tipo de
controle automático de sensibilidade auxiliar, pode ser associado ao sistema de
CAG convencional para o controle de ganho da etapa amplificadora de
radiofrequência. O segundo sistema CAG auxiliar reduz sensivelmente os sinais
muito fortes proveniente de estações locais. Muitas vezes o sinal captado pela
antena do receptor vem tão forte que o CAG convencional não consegue controlar,
então o CAG auxiliar entra em ação. Na figura 31 podemos ver o circuito CAG
auxiliar.
O método consiste
em conectar um diodo semicondutor entre o ponto A e B, com o cátodo do diodo no
ponto A do circuito de coletor do transistor Q1, e o ânodo do diodo conectado
no ponto B de alimentação do transistor Q2.
A polarização da
base do transistor Q2 deve ser ajustada de tal maneira que a corrente de
coletor produza uma queda de tensão no ponto B igual ou pouco menor do que a do
ponto A. Nestas condições, o diodo não estará conduzindo. Vejamos como
funciona.
Quando uma
estação forte é sintonizada, o circuito detector envia uma tensão negativa à
base do transistor Q2, via controle automático de ganho normal, reduzindo a
corrente do circuito.
Com a redução da
corrente do transistor Q2, a queda de tensão no resistor R3 super-heteródino
terá mais seletividade e sensibilidade do que os receptores de radiofrequência
sintonizada.
O receptor
super-heteródino pode sintonizar e separar uma estação de outra, com muita
precisão, de uma variedade de estações em toda a extensão da faixa de radiodifusão.
O nome
super-heteródino é o nome dado ao fenómeno de heterodinagem, que consiste na
produção de um sinal de frequência de batimento mediante a mistura de duas
frequências diferentes, produzindo uma terceira frequência de valor constante.
O processo de heterodinagem foi adotado para os atuais aparelhos de rádio e
televisão. Para que possamos compreender o fenómeno de heterodinação do
receptor, será necessário sabermos o que é batimento.
Tomemos um
instrumento musical como exemplo, um piano. Inicialmente batemos a tecla
correspondente ao Dó médio. O som que ouvimos ao tocar a nota é de 256 ciclos
por segundo. Em seguida, tocamos na nota Si natural, que possui uma frequência
de 240 ciclos por segundo.
Sabemos que cada
nota musical possui tons diferentes e distintos. Entretanto, se nós batemos
ambas as teclas simultaneamente, o som que ouviremos não é Dó nem Si, mas sim
uma mistura dos dois. Se nós observarmos cuidadosamente, o som resultante
parece estar ondulando, diminuindo e aumentado a intensidade. Esta ondulação
percebida ocorre 16 vezes por segundo e é correspondente a diferença entre as
frequências de 256 e 240 ciclos da nota musical.
Batimento é o
nome dado ao fenómeno desta oscilação, que corresponde ao número de batidas de
frequência, resultante das misturas de ambas as frequências produzidas. O
fenómeno de batimento ocorre também em todo o espectro das ondas
eletromagnéticas.
Quando dois
sinais de radiofrequência pertencentes às ondas hertezianas se misturam, ocorre
o fenómeno de batimento, e se produz uma terceira frequência diferente das
duas ondas originais.
O circuito misturador do receptor super-heteródino situa-se geralmente na primeira etapa amplificadora de Fl. A grande maioria dos receptores comerciais utilizam no
circuito de
conversão de frequência de Fl, um único transistor funcionando como misturador
e oscilador ao mesmo tempo. Este tipo de circuito é chamado de circuito
misturador auto-oscilante.
Na figura 14,
está mostrado o circuito misturador auto-oscilante. A utilização deste método
reduz c custo e aumenta a simplicidade do circuito do receptor.
Existem circuitos
receptores que possuem o oscilador local independente do circuito misturador
para obter a frequência de batimento. O acoplamento do sinal do oscilador local
ao circuito misturador para obter a frequência intermediária, pode 'ser
efetuado de diversas maneiras.
INDEPENDENTE
Os aparelhos de
telecomunicações que possuem o oscilador local independente são largamente
utilizados nos receptores super-heteródinos de radioaficcionados, receptores
de FM comerciais e nos seletores de canais de televisores. Na prática, muitas
vezes deparamos na dificuldade de encontrar tais bobinas osciladoras nas lojas
especializadas em eletrônica, e sempre apelamos aos métodos de construção
caseira destas bobinas.
Pelo fato do receptor possuir o oscilador local independente, a configuração da bobina facilita a sua construção, permitindo que se opte por circuitos osciladores que utilizam a configuração da bobina mais simples. Se o leitor observar a bobina osciladora Na prática, a construção caseira deste tipo de bobina se torna difícil.
Na figura 15,
está mostrado o circuito misturador com o circuito oscilador independente.
Vejamos como
ocorre o batimento das frequências. O sinal proveniente da antena é sintonizado
pelo circuito de sintonia formado pelo capacitar variável CV1 e pela bobina L1.
O sinal induzido no secundário L2 é aplicado ao circuito misturador formado
pelo transistor Q1 NPN (BF 494).
O emissor do transistor Q1 recebe o
sinal do oscilador local através do capacitor C7. O oscilador local é formado
pelo transistor Q2, sendo esta uma variante do tipo Colpitts, cuja
realimentação para manter a oscilação é feita pelo capacitor C5. O capacitor
variável CV2 e o indutor L3 constitui o circuito ressonante do oscilador,
responsável pela geração do sinal para produzir a frequência de batimento de
F.l. de 455 KHz. Na figura 16a e 16b, temos outras formas de acoplamento do
sinal do oscilador ao misturador.
O radioreceptor
com o circuito misturador auto-oscilante é largamente utilizado nos aparelhos
portáteis, principalmente nos de OM, pelo fato de serem simples e económicos. O circuito utiliza um
único transistor como oscilador e misturador simultaneamente (figura 14). Este
tipo de circuito misturador é vulnerável à variação da frequência de sintonia
nos receptores para frequências mais elevadas, porque, praticamente o circuito
de sintonia está acoplado ao circuito oscilador do receptor.
Uma das suas
interessantes características que vamos comentar, é que em um radioreceptor
montado com o circuito misturador auto-oscilante, pode acontecer da estação
escolhida se deslocar da sua sintonia, isto é, as estações "fogem"
quando tocamos na antena ou alteramos o comprimento desta, pois estas
alterações interferem na frequência do conversor/oscilador, que é também o
misturador conectado ao circuito de sintonia do receptor.
Uma das técnicas
empregadas para eliminar este inconveniente de instabilidade é adicionar uma
etapa amplificadora de RF no circuito de antena.
Vejamos como
funciona o circuito misturador/oscilador (figura 14).
Para que o
circuito funcione como oscilador, a realimentação do sinal para o circuito
ressonante, constituído pela bobina L4 e pelo capacitor CV2, é conseguida
através da bobina L3, conectada ao coletor do transistor Q1. O sinal
sintonizado é ligado ao emissor pelo circuito L4/CV4 e é aplicado ao emissor do
transistor Q1 através do capacitor C3.
A bobina L4 e o
capacitor CV2, determinam a frequência do oscilador local do receptor. A bobina
L1 e o Capacitor CV1 formam o circuito de sintonia para selecionar a estação
desejada. O enrolamento L2 é constituído por um número menor de espiras,
permitindo um perfeito casamento da impedância do estágio de antena com o
circuito misturador/oscilador. O capacitor C1 tem como função desacoplar o
sinal de RF presente na base do tansistor Q1 proveniente do oscilador local,
permitindo que o transistor funcione virtualmente na configuração base comum
para o circuito oscilador local. Porém, o sinal proveniente do circuito de
antena, "enxerga" o circuito como um amplificador na configuração
emissor comum. O transformador de RF de Fl colocado no circuito de coletor do
transistor Q1, seleciona a frequência de Fl sintonizada em 455 KHz que segue
para o circuito amplificador de Fl.
muito obrigado pela disponibilização do conteúdo. Super completo.
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